A pergunta é?
O que é o amor senão a decisão de amarmos alguém? De decidirmos o que guardar dentro de nós, entre as memórios dos bons e maus momentos?
É bem possível que a maldade só sobreviva a par da bondade, como se os opostos fossem indispensáveis para que a realidade existisse. Ninguém é completamente mau ou totalmente bom, no equilíbrio entre estes dois extremos, assim vive a maioria de nós.
Contudo, para nos protegermos, talvez, de nós próprios, necessitamos de dividir tudo e todos em compartimentos estanques. Temos medo do desconhecido, do que é estranho, bem como do que é poderoso e mais forte que nós e é interessante como preferimos lidar com uma realidade que não gostamos, que nos causa desconforto e muitas vezes tristeza, do que com algo que desconhecemos em absoluto, mesmo que se assemelhe a uma alteração positiva da realidade.
Na maioria os seres humanos fogem dos sentimentos com uma angústia proporcional à sua necessidade em manter o controlo da vida, acreditando que desta forma conseguem decidir o seu futuro, podem até tentar fugir à vida, mas a vida, a realidade, perrsegue-nos como um ladrão escondido no escuro da noite. Há vidas em que a mentira deixa de o ser para se transformar em realidade. Falsa realidade mas, de qualquer forma, de tanta mentira, as pessoas tornam-se incapazes de se aperceber até que ponto se afastam da verdade.
Nada é simples nesta passagem por este mundo, os contrastes existem e são tão necessários como o dia e a noite, e quem não se apercebe das tonalidades que o céu toma durante a passagem das horas não alcança a verdade sobre as coisas mais simples, quanto mais sobre os múltiplos rostos que tem a alma!
Talvez por isso mesmo o infinito decida de quando em quando intervir para repor não a ordem, mas apenas para relembrar a quem por aqui anda que, afinal, somos meros peões num jogo celeste.
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Reality
The question is?
What is love but the decision to love someone? In deciding what to keep inside of us, between memories of good and bad times?
It is quite possible that evil only survive alongside the goodness, as if the opposite were indispensable for the reality to exist. No one is completely evil or completely good, in the balance between these two extremes, lives most of us.
However, to protect ourselves, perhaps, from ourselves, we need to divide everything and everyone in watertight compartments. We fear the unknown, what is foreign and what is powerful and stronger than us and it's interesting as we prefer to deal with a reality that we dislike, that often causes us discomfort and sadness, than with something which we unknown in absolute, even if it resembles to a positive change of reality.
In the most humans flee from feelings with anguish in proportion to their need in maintain control of life, believing that this way can decide their future, may even try to escape life, but life, reality, chases us like a thief hiding in the dark of night. There are lives in which falsehood ceases to be to turn into reality. False reality but either way, so many lies, make people incapable of realizing the extent to which deviate from the truth.
Nothing is simple in this passage through this world, the contrasts exist and are so necessary as day and night, and who does not see the shades that the sky taken during the passage of the hours does not reach the truth about the simplest things, the more about the many faces that have a soul!
Maybe that's why even the infinity decide from time to time to intervene to restore not the order, but only to remind those who walk through here, after all, that we are mere pawns in a celestial game.
